Em mim, quem manda sou eu

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Desde quando a gente nasce, independente do meio ou da época, recebemos mil modelos de como ser, como pensar e o que sentir. Esses modelos são impostos como forma de alcançar a felicidade, o respeito, a ascensão na vida profissional e blábláblá, ou seja, quem samba conforme a música vai se dar bem, vai ter mais chances e menos olhares lhe encarando.
Todo santo dia quem escolhe não seguir esses moldes trava diversas lutas, é em casa, no trabalho, na escola. E convenhamos, isso, por vezes, é tão sofrido, tão cansativo; ter que, diariamente, se impor diante de todos as normas pregadas e gritar bem alto que "em mim, quem manda sou eu".
No último texto que conversamos eu falei em conselhos, e quase sempre é isso que se tem por aqui, mas, olhem, conselhos são apenas conselhos, segue quem quer. Então, o que eu chamo a atenção é para aquelas pessoinhas carregadas de falsos conselhos que passam por nossas vidas, aquelas que sempre possuem frases prontas desde como agir até como pentear seu próprio cabelo. Fiquem de olhos abertos, tem gente que quer nos confundir, nos tirar de nós mesmo, e, acima de tudo, querem mais um igual a todos, igual a eles.
O cabelo armado e volumoso vai incomodar, assim como a careca da menina e a saia do rapaz. Vai ter bico, fuxico e aquela puxada no cantinho para perguntar "por que você não faz assim? Iria ficar melhor!". Vai ter muito disso todos os dias, vindo de todos os cantos e das mais diversas pessoas, mas não vale se curvar, é o que digo.
Mais uma coisinha, nós que sempre falamos tanto em respeito e o quanto queremos ser respeitados, é bom lembrar que o outro também espera por isso. É importante manter no modo alerta esse aviso, precisamos respeitar a subjetividade e a história do nosso próximo, nada que carregamos em nosso corpo e identidade é por acaso, se não é apenas para embelezar é para manter vivo quem somos e quem seremos ser.
Respeite a roupa, a tatuagem, o cabelo, as gírias, a religião, apenas respeite. Sobre os conselhos, dê e ouça quando eles forem pertinentes, cuidadosos e cheios de amor, corra daquilo que é invasivo e ditador, corra de pessoas e ambientes assim.
Preguemos essa luta de sermos quem somos ou quem queremos ser a cada dia, luta que é sobre minha alma e o meu corpo, que é minha, mas que precisa ser respeitada assim como a tua luta, teu corpo e tua alma os são. 

NAM, MERMÃ, NÃO ENCHE!


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