Nada Emotivo: As Fases da Separação

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   Eu vi em um filme que as fases da separação são as seguintes: negação, negociação, revolta e aceitação. E não é que eu concordo e ainda consigo fazer com que vocês concordem juntamente comigo? Então assim vamos com o assunto dramático/cômico para o post de hoje. (Tudo com base no meu breve entendimento sobre relacionamentos e separações).

    Quando falo de separação digo sobre relacionamentos amorosos, verdadeiramente amorosos e que chegaram a durar algum tempo, e quase que de repente as peças se veem a encontrar defeitos e argumentos para a separação e ainda arrumam um tempinho para imaginar a fossa que eles mesmos estão cavando, mas isso sempre é pensado em segredo, até porque ninguém que pede uma separação já imagina que a sua vida vai perder o rumo e logo em seguida terá que procurar um analista (vulgo melhor amigo).
Antes do relacionamento eu, você e todos nós, somos meros cidadãos procurando alguém para dividir momentos, para cuidar e ser cuidado (mais para cuidar) e finalmente amar, sentir borboletas no estômago e fazer mil e um planos sempre com o amado de protagonista.
    Até que PUFT!
     Um chifre- prefiro usar esse termo inicialmente nordestino para me referir à traições, soa mais cômico- a busca por sucesso profissional, os filhos, os pais, a falta de atração, o exagero de doçura (porque tudo muito doce enjoa, não é?!), as brigas constantes, ciúmes, o cachorro dele que persegue o gato dela, são inúmeros os fatores que levam ao fim de um relacionamento, e é nesse exato parágrafo que retomo a ideia que de a vida à dois muda as pessoas, quando o fantasma da separação resolve dormir embaixo da cama que até ontem era do casal, percebemos o quanto mudamos, o quanto não conseguimos nos ver sem aquela outra pessoa que tempos atrás era tão desconhecida e estranha, e o medo, as dúvidas, as mentiras, as lembranças, a vida boa, por mais conturbada que fosse, tudo vira motivo para ficar horas pensando, pensando...
       Não sei sobre dados que apontam quem pede mais a separação, se são os homens ou as mulheres, mas acredito que infidelidade/ciúmes são critérios bem utilizados como explicação, porém hoje em dia o sexo frágil, que não é mais em nada frágil, com essa busca mais que merecida por liberdade e ascensão social e profissional incomoda muitos machistas de plantão, e lá se vai mais um critério para a lista.
       Para se pedir uma separação existem diversas façanhas ou técnicas, pode ser na casa dela: assim você sai de fininho quando ela começar a chorar ou quando for te atacar o pescoço, ou se pode confessar uma traição no seu apartamento, assim ela sairá batendo portas ou então em você, não se sabe. Cada casal deve estudar qual a melhor maneira, o melhor lugar, isso levando em consideração a possível reação do companheiro que levará um "pé na bunda".
      As fases da separação são rápidas de serem explicadas e entendidas, de forma que rapidamente se cria um personagem que passa por elas sempre com a cara lavada de wisky e lágrimas piedosas.

  • Negação: Vamos dar um tempo, amor?!
O engraçado da negação é que por mais deprimente, lastimável, ridículo e outros adjetivos que submetem um relacionamento ao nível absolutamente vergonhoso, sempre haverá uns olhos que gotejarão zilhões de lágrimas, sempre alguém é pego de surpresa, mesmo sabendo que à qualquer momento a bomba iria explodir. E assim o injustiçado nega sua condição até seus últimos dias de vida, e o mais lindo é que tudo começa com "vamos dar um tempo", o coitado fica lá, esperando esse tempo acabar. Só nada.

  • Negociação: Quatro dias da semana com você, três dias de curtição!
Depois de alguns dias o casal sente falta daquela vidinha marejada de carinho e afeto, do companheirismo e por fim decidem marcar de se verem. E conversam, choram, bebem, fumam, fazem de tudo, menos reatar o romance. Mas ali eles finalmente negociam, cada casal fecha um acordo diferente, é muito particular essa fase. No fim, essa negociação é apenas uma maquiagem para o "minha vida sem você não tem razão, rumo ou sentido, volta pra miiiim". E eles não voltam, nem se separam definitivamente.

  • Revolta: E a minha exclusividade?
De longe é a fase mais desesperadora e interessante de se analisar, venha comigo. De início você sofre, nega que possa haver uma separação, depois você aceita, mas não perde o contato de forma total com o parceiro e depois disso percebe que a partir dali aquela maravilhosa exclusividade não existirá mais, que o namoro se rendeu à breves pegações, onde ambos estarão suscetíveis a serem trocados constantemente. Motivo aceitável para se jogar de uma ponte ou cortar os pulsos.

  • Aceitação: Solteira sim, sozinha nunca!
Quando se aceita os fatos tudo fica mais fácil, você ganha tanta força emocional que volta com tudo para as redes sociais, falando em recalque e de como aquela festa foi ma-ra-vi-lho-sa. Abre-se os olhos e percebe-se que às vezes foi feita uma tempestade em uma copinho de café, e que sem o amado a vida é bem melhor, fala-se em curtir a vida adoidado, solteira sim, sozinha nunca, esse tipo de coisas do século XXI. Porém há casos que quando realmente chegou a existir um amor visceral um, duas ou três separações são estratégias para dar uma balançada no relacionamento, de certo não existe nenhuma aceitação melhor do que ficar juntinho depois de uma separação.

    Quando se fala em relacionamentos, ou generalizando, quando se fala em gente tudo é muito complicado, de fato não dá para generalizar nada. E aquela dúvida reina: Será que a casa do vizinho é realmente melhor que a minha? A vida é mesmo uma peça de teatro, eu consegui rir de uma situação que me amedronta e que eu temo. Se você também conseguiu, compartilha esse texto por aí, e não esquece dos créditos.

2 comentários :

  1. muito bom Mona, continue assim! tá bem legal. E a fonte da letra tá muito boa tbm :D

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    1. Que bom que você gostou, Felipe. Fico muito feliz!
      Obrigada ;*

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